APLICAÇÃO
“O i Ching é o primeiro livro na biblioteca Chinesa.”
“Sua influência na filosofia, matemática, política, estratégia, teoria da pintura e da música, e na arte… foi fundamental, e tão enraizada no i Ching que é impossível compreendê-las sem primeiro empreender o estudo do i Ching.” (Anthony, K. Carol).
No Ocidente tem sido utilizado essencialmente como um “instrumento Oracular”. E embora seja uma parte importante, do que se constitui, não é, nem de perto nem de longe, a mais importante.
Alguns, quiçá os mais ousados, ainda o utilizaram nas suas profissões com enorme sucesso! Como o caso, mais conhecido e mediático, do Médico-Psiquiatra Carl Gustav Jung, fundador da Psicologia Analítica.
A 10 de Maio de 1930 C. Jung pronunciou em Munique um discurso comemorativo da morte de Richard Wilhelm. Nesse necrológico Jung enfatiza:
“O i Ching desperta em nós
uma necessidade de desenvolvimento (…) Sou médico e lido com pessoas simples.
Sei por isso que as Universidades não são mais fonte de conhecimento. As
pessoas estão cansadas da especialização científica e do intelectualismo
racional. Elas querem ouvir a verdade que não limita, mas amplie; que não
obscureça, mas ilumina; que não escorra como água, mas que penetre até os
ossos. Essa busca ameaça atingir erroneamente um público anónimo, porém extenso
(…).
Esta foi a tarefa que Wilhelm pressentiu: o quanto o
Oriente poderia oferecer no sentido de suprir nossas necessidades espirituais
(…) A missão de Wilhelm foi realizada em seu mais amplo sentido (…) Na minha
opinião, sua obra possui um inestimável valor; ela me esclareceu muito,
comprovando aquilo que eu havia experimentado, desejado, pensado e feito no
sentido de aliviar o sofrimento psíquico dos europeus. Para mim foi uma
experiência muito intensa ouvir através de suas palavras, em uma linguagem
lúcida e clara, o que eu obscuramente vislumbrava acerca do turbilhão do
inconsciente europeu. Sinto-me, na verdade, tão enriquecido, que tenho a
impressão de ter recebido dele mais do que qualquer outra pessoa. É por este
motivo que não vejo como presunção da minha parte o facto de ser eu quem
deposite, neste momento, a gratidão e o respeito de todos nós no altar de sua
memória.” (Jung, C. G. – O
Espírito e a Arte na Ciência).
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